A velocidade com que o mundo caminha, de uns cinquenta anos
para cá, especialmente, é algo que, para nós, vindos de meados do século
passado, chega a ser assustador.
São tantas as coisas que surgiram, tantas que se tornaram
obsoletas, tantas que evoluíram para melhor (ou, quem sabe, para pior) que precisamos
estar atentos e ligados, se pretendemos tentar acompanhar esse processo
acelerado.
Os idosos, que já se aposentaram e cumpriram sua missão de
cidadão, que criaram os filhos com maior ou menor dificuldade e agora vêm os
netos manusearem telefones celulares e computadores ainda na mais tenra idade
com uma naturalidade espantosa, como se
já nascessem sabendo , para não ficarem à margem de toda essa evolução,
precisam “ir à luta” e tentar, de alguma
forma, sobreviver e participar desse “vendaval”
Além de usarem todos
os recursos modernos de preservação da saúde que os tempos atuais oferecem, é
importante passarem a seus descendentes os valores morais e tradições herdadas
de seus antepassados, que não podem ser desprezadas e precisam ser resguardadas
pelas novas gerações como: caráter ilibado, caridade, compaixão, solidariedade,
gentileza e tolerância, coisas que temos visto estar caindo de moda
ultimamente.
Uma das maneiras mais simpáticas de se dar esses exemplos é
participar com regularidade da vida social do seu bairro, frequentando, em sua
igreja ou seu clube ou entre seus amigos, ações em benefício da comunidade,
coisa que os mais jovens não tem tempo de fazer, pois vivem correndo atrás de
cumprir etapas de suas empresas, vencer concorrências, numa competição
desenfreada pela manutenção do “status” que desfrutam ou tentando chegar lá.
E assim que muitos netos hoje ficam aos cuidados de seus
avós para que seus pais possam correr atrás dos seus sonhos, coisa que há
cinquenta ou sessenta anos atrás não ocorria-- eram os pais que, em certa fase,
eram acolhidos na casa de seus filhos, que deles cuidavam até o fim--. Aqueles
que já fizeram isso ou não tiveram netos e não tem alguma atividade, ficam
marginalizados e, se não tomarem providências, nada mais farão que aguardar na
inércia a hora de partir.
Há muito o que fazer. Nessa velocidade com que andamos, muitas
coisas ficam esquecidas ou subvalorizadas, até estranhas a essas novas gerações. Uma delas é a
compaixão e a solidariedade, coisa que temos obrigação de preservar e dar
exemplo ao mundo
.
É isso que faz o VOLUNTARIADO, uma das ferramentas mais poderosas do TERCEIRO SETOR: uma proposta de amor e respeito à humanidade,
que enfrenta, sem salários ou pagamentos, situações que, normalmente, são
remuneradas a peso de ouro
.
Tudo é enfrentado com a consciência de sua responsabilidade
de cidadão e foi assim que surgiu a REDE FEMININA DE COMBATE AO CANCER.
Primeiro, cientes da necessidade de se ter aqui um centro de referencia no
combate ao câncer, e com um grupo pequeno de senhoras, o grupo não esmoreceu e
perseguiu seu objetivo até que conseguiu inaugurar o HOSPITAL ERASTO GAERTNER,
dezoito anos depois, em 1972
.
Fizemos, em março deste ano, sessenta anos de atividade
ininterrupta desde então e temos muito orgulho de nosso trabalho em favor dos
nossos doentes. Somos perto de quatrocentos voluntários atualmente que desenvolvem as mais variadas atividades
dentro e fora do hospital, cooperando com a administração auxiliando na
melhoria do fluxo, e dando suporte emocional aos doentes , orientando-os,
acompanhando-os, ouvindo-os, tentando dar um tanto de conforto àqueles que nos
procuram...
Creiam... é um
trabalho que todos podemos fazer e o que recebemos em sorrisos e agradecimentos
é tão gratificante que nos sentimos muito bem pagos e ainda devedores.
. A sociedade está cheia de setores necessitados de
voluntários e todos podemos escolher o
que fazer, de acordo com nossas preferências e tendências e é importante, se
temos saúde, que não nos deixemos
enredar pela apatia e pela preguiça.
Vamos, do nosso jeito, acompanhar o mundo em sua veloz
trajetória! Vamos trazer bem firme para nossos descendentes nossas tradições de
amor, compaixão e solidariedade!Vamos mostrar que ainda temos coração, cérebro
e energia para tentar lembrar a esse mundo atual, tão maravilhoso em
tecnologia, que ainda vale a pena sermos caridosos, carinhosos
e...humanos.
Curitiba,
18 de julho de 2014
2 comentários:
Grande Walky...tenho orgulho de vc.
Grande Walky...tenho orgulho de vc.
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