terça-feira, fevereiro 09, 2016

Estão faltando mães neste país... (2)


   É isso mesmo... Lamentavelmente é o que podemos constatar com facilidade. Não em quantidade mas  em QUALIDADE,  estão faltando mães.É triste essa realidade e lamento causar desagrado em quem não entender ou não compartilhar meu ponto de vista, mas estou preparada : sou polêmica e atrevida, além de muito corajosa...

  Pelo abandono das crianças é que se veem tantos absurdos acontecendo em todos os lugares, não só em nosso país, mas no mundo.

  Jovens que abandonam as escolas ou são expulsos delas por mau comportamento ou total desinteresse pelo estudo, jovens que partem para as ruas por falta de limites em casa, e ficam expostos aos vícios mais sórdidos e companhias mais degradantes, resultando na total decomposição do caráter, no desespero dos pais, nas cadeias lotadas, praticando as ações mais inacreditáveis, como vemos nos noticiários diariamente, que estão se tornando a rotina, e que os governos, verdade seja dita, não tem como controlar ou não tem competência para realizar as reformas necessárias.

  Podem não acreditar, mas faltou MÃE lá atrás. Eu, como mulher, reconheço isso e que as mulheres me perdoem se não aceitam. Não adianta querer “dourar a pílula”...

  Acho, sinceramente que as mulheres devem aproveitar essa evolução. Temos grandes inteligências femininas desenvolvendo tarefas que só a  nossa sensibilidade executa com perfeição, ocupando magnificamente altos cargos nas mais variadas profissões, mas temos de ter o cuidado de saber dosar, “nem tanto ao mar, nem tanto à terra”...

  E aqui sugiro uma solução, que não é minha totalmente, mas que nos cabe muito bem...

Meio expediente no trabalho, meio em casa, isso para aquelas que têm filhos menores de dezoito anos. Depois, cumprida essa missão, é cuidar de se dedicar ao trabalho ou a qualquer outra coisa que tenha sonhado que lhe dê prazer ou pretenda fazer.                                      

O ideal, o verdadeiro, é que esse EXPEDIENTE EM CASA fosse compromisso do governo e que houvesse um ordenado para aquelas que atendem os filhos.

Utopia? Delírios de uma velha educadora? Pode ser...                                                

  Se não me engano na Alemanha destruída, após a 2ª. Guerra mundial, as mulheres recebiam ordenado para terem mais filhos e ficarem cuidando deles. E o resultado está aí, para todos verem, e não preciso entrar em detalhes. Gostem ou não, setenta anos depois superaram as nações vencedoras desse conflito e se tornaram uma das maiores economias e potencias do mundo, nos mais variados setores.  Será acaso?

  Bom, como não podemos alcançá-los tão cedo, podemos então, modestamente,  continuar recorrendo às avós...

  É o que nos resta a fazer e já estamos fazendo há tempos...

  Se for justo ou não, é assunto para outra conversa...

  O dia 26 de julho, que se aproxima, é dia de Santa Ana, avó de Jesus, e nesse dia  se comemora o DIA DAS AVÓS,  então...

          QUE VIVAM AS AVÓS!
  VIVAS ÀS AVÓS!


  Walkyria Gaertner Boz      Curitiba, 9 de julho de 2015.

Estão faltando mães neste país... (1)


  Que as mulheres me perdoem... Esta é uma verdade atordoante e impossível de se ignorar, mas é importante se refletir sobre isso.

A humanidade não consegue acompanhar a velocidade com que o mundo se desloca e vão ficando falhas irreversíveis pelo caminho que resultam na degeneração dos comportamentos mais primários e, a meu ver, uma das causas é essa falta nos lares.

Nos últimos oitenta anos as mulheres alcançaram uma evolução tão rápida que nem elas mesmas estão conseguindo administrar.  Repentinamente se descortinaram novos horizontes e possibilidades e, de repente, as mulheres que antes nem eram alfabetizadas ou podiam votar, conquistam uma liberdade quase assustadora. De domésticas submissas ao senhor marido todo poderoso a quem nem tinham o direito de escolher, chegam impávidas a todos os setores: são empresárias bem sucedidas, advogadas, engenheiras, médicas e atuam em todas as áreas profissionais.

Não que eu concorde, em absoluto, com a maneira como eram as coisas até então, mas o deslumbramento pelas novas fronteiras fez com que perdêssemos o foco principal e tão importante, primordial, que é o papel das mulheres no lar e na formação dos filhos, e o que se vê hoje em dia, na maioria das vezes, não é nada mais que o resultado dessa mudança abrupta de rota.

          Não sou retrógrada, só acho que, nessa ligeireza, se perderam as medidas e os limites.

          É maravilhoso ver os avanços e os resultados da participação das mulheres em todos os setores da sociedade e me congratulo realmente com as que conseguem chegar a tais níveis, mas alguma coisa ficou a desejar, tenho certeza.

É um tema que já tem sido muito debatido, mas não solucionado. Não se tem dado a ele a verdadeira importância, ou é muito profundo e audacioso para se mexer, implicando em reformas imensas, ou não se tem encontrado uma solução que satisfaça as partes: mães, filhos e sociedade.                                            
As mulheres, na ânsia de contribuir com mais recursos na manutenção da família, na ânsia de dar aos filhos todas as maravilhas do progresso e do consumismo, o que já demonstra uma necessidade de compensação, abriram mão de sua presença em casa e não tem mais consciência da importância disso e do tamanho do “rombo” que isso representa na formação do caráter e comportamento dos filhos.

          É lógico que há casos e casos... Muitos lares contam apenas com elas para sua manutenção, ou arcam sozinhas com o compromisso de filhos e casa, e ainda respondem por jornada tripla ou quádrupla de trabalho (esposa, mãe e dona de casa ou esposa, mãe, dona de casa e profissional). Heroínas...

          Mas a presença da mãe, quando os filhos estão na infância ou adolescência e precisam de uma orientação, é fundamental. É importante que eles sintam que ela ali está enquanto estão fazendo as tarefas escolares ou estudando para uma prova. Ela está ali, acompanhando, próxima, apoiando. Ela os leva nas reuniões e assiste as festas da escola, cobra desempenho escolar, impõe limites e constrói caráteres, dando-lhes noções de ética e comportamento,  formando cidadãos. Heroínas...

          Para isso, entretanto, é preciso que elas também tenham tido essa formação e tenham consciência disso. As jovens de hoje já não sabem da grande importância que é ser mãe e educadora ou não querem saber, e estão meramente preocupadas em ter um diploma e se assegurar numa empresa de renome, fazendo por merecer salários que lhes permitam uma vida de conforto e tranquilidade. Isso é importante e meritório também, mas...

          É aí, no caminho normal da vida, na mocidade, ante o desabrochar de um amor que leva fatalmente à possibilidade da maternidade, que aparecem as dúvidas nas jovens e elas se veem  perante uma decisão difícil –- criar ou não uma família—e o descompasso que se cria ante essa indecisão muitas vezes termina em separação ou ruptura de ideais, às vezes  levando a uma frustração permanente, lá adiante, pela escolha errada.

          A “encruzilhada” então é terrível e, talvez por isso, até hoje é relegada para o futuro resolver: ser mãe ou ser uma profissional de sucesso, eis a questão.                                                

          Essa escolha, entretanto, implica numa renúncia e isso é difícil se aceitar. Renúncia é uma palavra que não deveria existir e uma atitude que não se aceita com facilidade                                  

          Então fica tudo “embolado” e vai-se tocando assim: carreira atropelada, sem tempo para aprimoramento e pesquisas, e crianças entregues aos cuidados de empregadas ou a cursos sem fim, que lhes tome todo o dia e que encontram, à noite, mães cansadas que mal lhes dão atenção.        

          O comportamento das crianças nas escolas, hoje em dia, é o reflexo disso. Crianças agressivas, que demonstram contra os professores a falta que sentem dos limites e da  atenção em casa...

          Faltam escolas bem estruturadas e professores preparados para vencer esse desafio. O que se vê hoje são professores inseguros e desmotivados, assustados com o rumo que a educação vem tomando, com programas antiquados e cansativos, matérias sem objetivos bem definidos e  o magistério é atualmente uma das carreiras menos procuradas. Por quê?

          Daí, essa importante tarefa de atender as crianças é delegada às avós, quando existem, e felizes são os que ainda ficam aos cuidados delas...


          Walkyria Gaertner Boz Curitiba, 9 de julho de2015.

COMO ESTAMOS ?



Pois  é... estamos assim:
“ Se correr o bicho pega, se parar o bicho come...”
E agora?
 Se pararmos, continuando como estamos, assistindo o tempo passar e sofrendo com o desgoverno cada vez mais ineficiente, atabalhoado e inconsequente, com o país a deriva por tantos desmandos absurdos e mentiras mal alinhavadas, corremos o risco de cair no purgatório ( ou será mesmo no inferno? ) por não tomarmos as atitudes necessárias,  mesmo com muita dor , para  consertar os estragos e arrumar a casa de novo.
Teríamos como suportar mais três anos dessa “comédia bufa” aqueles que deveriam segurar as rédeas estão mais perdidos que nunca,...onde ninguém mais se entende, não sabendo como fazer para se manter  no pedestal e mais preocupados com isso do que acertar o rumo do governo?
Seria justo suportarmos essa vergonhosa peça por mais tempo, e ainda arcarmos com o brutal ônus que isso  acarretará para o povo?
Mas...se pararmos... o bicho come...
Por outro lado, quem teria a coragem de se atrever  a colocar o barco no rumo? Do jeito que as coisas estão levaremos anos para ter alguma luz no fim do túnel, e aquele corajoso que se atrever a isso certamente também errará muito,  mesmo tendo muito preparo e   as mais patrióticas das intenções,  escolhendo seus assessores com o maior critério, pois os desarranjos são muitos
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E  ficará também sujeito às críticas e ao descontentamento do povo, pelos remédios amargos que terá de aplicar...
Onde estará esse destemido cidadão? Será que existe alguém, com perfil e conhecimento, que se proponha a enfrentar essa tempestade que se anuncia, e corrigir doze anos  perdidos em erros incríveis, suportando as “pedradas” de um povo sofrido, revoltado e insatisfeito , cansado de  arcar com os rombos que os oportunistas que aí estão  fizeram no nosso país?
Acho que sei onde encontrá-lo...
Está correndo,  porque mesmo se correr...o bicho pega...
      
                                                Walkyria Gaertner Boz
                                              Curitiba, 03 de setembro de 2015